A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Campinas, iniciada à 0h desta quarta-feira (16/05), reduziu o número de ônibus na cidade e atingiu cerca de 670 mil pessoas que costumam usar o sistema diariamente.
A paralisação teve adesão total dos funcionários e foi organizada pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região. Mas, segundo a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Transurc), a determinação judicial do desembargador Lourival Ferreira dos Santos, do 15º Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não foi cumprida.
O despacho obrigava a circulação de 70% da frota nos horários de pico – entre 7h e 9h e 17h e 19h -, além de 50% nos demais horários. A determinação também estabelecia a cobrança de 20 mil reais em caso de descumprimento.
De acordo com a nota divulgada pela Transurc, “somente 66 ônibus circularam durante a manhã”, o que corresponde a 7% do total. O vice-presidente do sindicato, Isael Almeida, no entanto, afirmou que os funcionários foram orientados a acatar a determinação.
No início da manhã, alguns tumultos foram registrados por conta da paralisação. Dentro do Terminal Central, por volta das 5h30, houve discussão por conta do sumiço da chave de um ônibus que funcionava em esquema especial.
Já na garagem da VB1, na região do Ouro Verde, um ônibus da linha azul foi depredado depois que tentou sair para circular normalmente. A Polícia Militar chegou a usar spray de pimenta para evitar maiores problemas.
Na manhã de terça-feira, os ônibus da VB3, que atendem a área verde do transporte coletivo, já não haviam saído da garagem por conta da demissão de 12 funcionários por justa-causa. Os motoristas e cobradores protestaram, e houve um princípio de confusão com sindicalistas. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP).
