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Sem alvará, Vigilância Sanitária adverte e multa UPA

O departamento de Vigilância em Saúde de Campinas advertiu e multou a União Protetora dos Animais, ligada ao deputado estadual Feliciano Filho, depois de realizar uma vistoria no abrigo da entidade, localizado nas margens da rodovia Anhanguera, em Campinas. Isso porque o órgão identificou nesta quinta-feira algumas infrações, como o despejo irregular dos dejetos dos animais e a presença de roedores. Na quarta-feira, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede da entidade e encontrou cerca de 40 animais em situação precária, além de cinco filhotes de cães mortos que estavam dentro de uma geladeira. A UPA poderá recorrer da multa, que pode variar entre R$ 600 e R$ 6 mil. De acordo com o médico veterinário do departamento de vigilância em saúde de Campinas, Luiz Henrique Ramos, o sistema de esgotamento do local é precário e será necessário que a entidade corrija o problema, caso pretenda continuar em atividade.

O departamento de uso e ocupação do solo também vistoriou o abrigo da UPA e identificou que o local não tem alvará de funcionamento. O órgão aplicou uma multa de 610 Ufics, o que corresponde a aproximadamente R$ 1 mil, e deu um prazo de três dias para que a entidade regularize a situação do abrigo. Segundo o agente de fiscalização departamento, Jurandyr Degressi Júnior, se os responsáveis pelo local não apresentarem a documentação necessária, as atividades do abrigo podem ser encerradas.

A Polícia Civil também participou das vistorias no abrigo da UPA nesta quinta-feira. Cinco cães que estavam com o estado de saúde mais debilitado foram recolhidos e levados para uma clínica veterinária. A delegada responsável pelo caso, Rosana Mortari, afirmou que vai juntar ao auto de apreensão a maneira como os animais eram tratados na entidade. Ela afirma que na dúvida, está retirando os animais que precisam de cuidados mais urgentes.

O deputado estadual Feliciano Filho, afirmou que os animais mantidos no abrigo passam por avaliação veterinária diariamente. Segundo ele, o local é um centro de recuperação de animais recolhidos e negou que os cães eram vítimas de maus tratos. Feliciano afirmou ainda que as denúncias sobre as condições do abrigo têm motivação política, mas não entrou em detalhes sobre o assunto. Sobre o alvará de funcionamento, ele disse que o local foi montado de forma provisória, mas que devido à alta demanda, as atividades são desenvolvidas há três anos. O deputado estadual informou que já há algum tempo os representantes da União Protetora dos Animais pensam em encerrar as atividades do abrigo.

A Polícia Civil deu início às investigações relacionadas às atividades no abrigo da União Protetora dos Animais depois de receber uma denúncia anônima.

 

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