Usuários, conselheiros e profissionais do Centro de Saúde da Vila Boa Vista, em Campinas, reclamam da falta de espaço e pedem a construção de uma nova unidade para o bairro. Em um dos corredores, medicamentos e utensílios são mantidos no chão, o que atrapalha a passagem de pacientes. O problema, segundo a responsável pela farmácia, é que o os depósitos já estão lotados.
Para o presidente do Sindimed, Casemiro dos Reis, que vistoriou o prédio, o que preocupa é o risco de contaminações. Em uma das salas, por exemplo, duas equipes que realizavam procedimentos diferentes eram separadas apenas por um biombo. Já na área de descarte, equipamentos usados em diferentes procedimentos eram misturados.
Mas além das preocupações sanitárias, a falta de espaço também afeta o atendimento. No consultório pediátrico, por exemplo, as duas médicas são obrigadas a fazer rodízio na sala. A situação, segundo o membro do Conselho de Saúde local, Francisco Toledo, é causada pela falta de capacidade do prédio. Construído em 1987 para pouco mais de 7 mil moradores, não comporta a população atual.
Diante das reclamações, a Administração Municipal tem a intenção de expandir a estrutura atual. A medida, porém, não agrada a comunidade local. Os moradores pedem a construção de um novo centro de saúde. Segundo eles, um terreno no mesmo bairro foi doado, mas é disputado com uma ONG. O Executivo foi procurado para responder às reclamações e denúncias e comentar a possibilidade de construção um novo local, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.
