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Caso Sanasa completa 4 anos e está em fase de alegações finais

Após quatro anos de processo, o caso Sanasa, maior escândalo de corrupção de Campinas, chega às alegações finais, que é a etapa que antecede o julgamento. São 22 réus, mais de 60 testemunhas ouvidas e recursos que travaram o processo na Justiça. O julgamento era previsto para o final de 2013. Entre os acusados de corrupção estão membros do alto escalão do governo Hélio de Oliveira Santos. A ex-primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos é apontada como chefe do esquema.

Em 17de setembro de 2010, oito pessoas foram presas. O esquema de corrupção teria movimentado 615 milhões de reais, em 11 prefeituras. O promotor Amauri Silveira Filho, já na época, destacava a corrupção dentro da Sanasa.

Com as acusações, a prefeitura de Campinas fez uma auditoria na Sanasa. O então secretário de assuntos jurídicos, Carlos Henrique Pinto, também réu do caso, negou qualquer irregularidade. A promotoria rebateu dizendo que as irregularidades eram de caráter interpessoal. Elas teriam acontecido na Sanasa, no período em que Luiz de Aquino era o presidente.

A Câmara de Vereadores de Campinas instaurou uma CPI para investigar o caso. Num primeiro momento, as irregularidades foram negadas. O caso parecia encerrado, mas em 11 de abril de 2011, o promotor anunciou investigações em toda administração, com denuncia de um esquema de favorecimento dentro da prefeitura de Campinas, envolvimento empresa da ex-primeira dama.

O presidente da Sanasa, Luiz de Aquino, que chegou a negar irregularidades, acabou se tornando delator. Ao legislativo, afirmou que Rosely recebia propina.

Com a avalanche de denúncias, uma atitude do então prefeito, Hélio de Oliveira Santos, causou estranheza. Ele e a esposa conseguiram um habeas corpus. Dr. Hélio destacou a preservação do direito de defesa. Hélio não é réu do caso, mas a medida acabou sendo eficaz à esposa.

Em 20 de maio de 2011, a garagem do palácio dos Jequitibás foi tomada por viaturas da Rota, da Polícia Militar. Entre os procurados, três membros do alto escalão: o ex-vice prefeito, Demétrio Vilagra, o então secretário Carlos Henrique Pinto e o coordenador de comunicação, Francisco de Lagos. Eles não foram encontrados. 11 pessoas foram presas. 9 consideradas foragidas. Rosely só não foi detida porque tinha o habeas corpus.

As denúncias de corrupção levaram a cassação de dois prefeitos: Hélio de Oliveira Santos e Demétrio Vilagra. Esse na época também negava envolvimento no esquema. Na Justiça, o caso teve várias audiências, a cada uma delas, o juiz Nelson Augusto Bernardes, se restringia a dizer que a decisão só seria comentada no final.

O caso Sanasa foi desmembrado em dois processos. Um deles ficou conhecido como caso Cepera e entre os réus, o empresário José Carlos Cepera e os lobistas Maurício Manduca e Emerson de Oliveira. Nesse, o Ministério Público já entregou a alegação final, pedindo pena máxima.

Outro processo que tem entre os réus, a ex primeira-dama ainda está em mãos do MP. A defesa também deve entregar o relatório com as alegações ao juiz, para que ele dê a sentença.

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