O ex-prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT) ,foi citado na delação homologada pelo STF, do senador Delcídio do Amaral. A campanha de Dr. Hélio teria sido abastecida de forma ilegal.
Hélio aparece como pessoas implicadas em atos ilícitos envolvendo o pecuarista José Carlos Bumlai que foi preso na Operação Lava Jato.
Na delação, Delcídio cita o nome do ex-prefeito no processo da aquisição da Sonda Vitória, pela Petrobras, que segundo o senador teria sido feita com a finalidade de quitar dívida de Bumlai com o Banco Shain. O débito seria de R$ 12 milhões, sendo que o contrato, segundo a delação ficou em torno de US$ 1,6 bilhão.
O dinheiro teria servido então para pagar dívidas de campanha eleitoral de Lula em 2006, “bem como para financiar a campanha de Dr. Hélio de Oliveira Santos para a prefeitura de Campinas, entre outros interesses.”
Outro político de Campinas citado na delação de Delcídio do Amaral foi o deputado federal, Carlos Sampaio (PSDB). Segundo o senador, Sampaio saberia que dados sobre sigilo bancário foram maquiados a pedido do senador Aécio Neves (PSDB).
Na delação Delcídio disse que Aécio mandou emissários para convencê-lo a adiar prazos para a entrega de sigilos que seriam cedidos pelo Banco Rural para a CPI dos Correios, que era presidida pelo delator..
Ainda segundo Delcídio, um desses emissários foi o então secretário-geral do PSDB e atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Aécio estaria incomodado com a quebra dos sigilos e por isso o pedido, que foi aceito por Delcídio. Ele afirmou ainda que, como o prazo foi dilatado, as informações foram “maquiadas”, sendo estas usadas na CPI. Delcídio disse que “segurou a bronca”, mesmo tendo conhecimento da irregularidade.
O ex prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, se pronunciou por nota. Esclareceu que todas as doações de recursos de Partidos, Pessoas Jurídicas e Físicas, para o pleito em que disputou em 2004, foram oficiais, com recibos e informadas à Justiça Eleitoral, que julgou regulares as contas prestadas.
Disse ainda que Carlos Bumlai e empresas do nunca efetuaram qualquer tipo de doação às campanhas que o PDT disputou nos anos de 2004 e 2008.
A assessoria de imprensa do deputado federal Carlos Sampaio disse que houve apenas uma citação do nome de Sampaio, não constando nada contra ele. Esclareceu ainda que o deputado acreditara que foi um erro de Delcídio, já que Carlos Sampaio foi sub relator da CPI dos Correios e nenhum documento entra na Comissão sem uma fiscalização.