O Danilo Ferreira Zanini está desempregado. A concorrência nos processos seletivos é alta.
As pessoas acabam buscando oportunidades onde elas aparecem. Em Campinas, por exemplo, 2600 trabalhadores foram mandados embora da indústria na região no 1° semestre, segundo o Ciesp.
A Rosana Regnoli trabalhava em uma multinacional e por um ano e meio, não viu muita vaga abrir no setor. Ela até tentou se virar, mas o marido também perdeu o emprego.
O Danilo continua na busca de oportunidades. Ele é formado na área de comunicação, mas a crise o faz buscar em outros ramos. Aliás, para ele, esse ano está até pior que ano passado. Um dado do Ciesp ilustra isso. Nesse ano, a indústria só contratou em janeiro – com 700 postos de trabalho.
Com a dificuldade de recolocação no mercado de trabalho, o Danilo está apostando em um curso de tecnólogo.
A Rosana que é da área de tecnologia, se uniu ao marido, que trabalhava como motoristas, mas tinha prática em consertos em geral. Eles abriram um empresa e já estão até contratando.
As demissões no primeiro semestre desse ano, superaram os mesmos períodos de 2015 e 2014 juntos na região de Campinas. 2016 só não é pior que 2009, quando 7050 postos de trabalho foram fechados, de acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.