Com quase quatro mil downloads, o aplicativo que disponibiliza o chamado botão do pânico para alunos, professores e funcionários da Unicamp, se tornou uma importante ferramenta de segurança para casos de emergência. O programa começou a ser desenvolvido pelo Centro de Computação da universidade após a morte do estudante Dênis Casagrande, que foi esfaqueado depois de uma briga generalizada em uma festa clandestina realizada dentro do campus, em setembro de 2013.
O app foi lançado para os sistemas iOS e Android e pode ser baixado apenas pelos alunos, professores e funcionários, que devem se registrar no serviço . Em qualquer situação de emergência, o usuário aciona o botão do pânico, que emite um alerta para a central de monitoramento, dentro da universidade. Através do GPS do celular, os vigilantes da Unicamp recebem em tempo real a localização do solicitante e enviam a ajuda, que leva em média de cinco a dez minutos para chegar ao local.
Além do campus de Campinas, o botão pode ser acionado nas moradias da universidade, em Barão Geraldo, na área do LUME, o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais, e também no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas. Fora destes perímetros, o aplicativo, quando acionado, oferece a opção de encaminhar o pedido de ajuda para a polícia.
O diretor de serviço do Centro de Computação da Unicamp e um dos responsáveis por desenvolver o sistema, Edmílson Bellini Chiavegatto, disse que o programa já foi apresentado para os outros campi da universidade que ficam fora de Campinas. Ele explica que nos casos de Piracicaba e Limeira, é necessário que as unidades disponibilizem uma estrutura antes de viabilizar o aplicativo. O outro responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, o analista de sistemas Thiago Takao, afirma que o dispositivo é simples e fácil de ser usado.
O aplicativo do botão do pânico da Unicamp foi lançado em outubro do ano passado e já teve quase quatro mil downloads. A média de avaliação entre os usuários, numa escala de 0 a 5, é de 4.71. Até o final de julho, o botão do pânico foi acionado 54 vezes, o que dá uma média de seis chamadas por mês.