Documentos apresentados na Câmara de Vereadores de Campinas apontam indícios de irregularidades na contratação da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (COAF), pela prefeitura campineira. A suspeita é de superfaturamento e compõe relatórios da CPI da Merenda da Assembleia Legislativa de São Paulo.
O contrato que mais chama atenção pelo valor é de 2013, quando a administração de pagou R$ 1,89 pela unidade do suco de laranja de 200 ml, com um valor total de mais de R$ 2,2 milhões.
64 municípios paulistas são investigados e esse valor de Campinas, foi o segundo maior, atrás apenas de Mairinque.
O deputado estadual, Alencar Santana (PT) que compõe a CPI esteve no legislativo nesta quarta-feira (28/09) e apresentou dados da Auditoria Extraordinária do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontariam para o superfaturamento e favorecimento dos contratos com a Coaf. Também falou em irregularidade no modelo de chamada pública para contratação da empresa.
Além do contrato de 2013, também são investigados os de 2014 e 2015, nos quais o valor unitário do suco de laranja ficou em R$ 1,55, ainda acima da estimativa do processo de chamada pública dos R$ 0,74. Vereadores do PT informaram que a denúncia será encaminhada ao Ministério Público Estadual.
Sobre o assunto, a prefeitura de Campinas apenas informou que está interessada nas investigações e tem colaborado com a justiça.
As outras cidades da região que aparecem nos relatórios da CPI são Paulínia, Piracicaba, Itatiba, Valinhos e Americana.
