As crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, podem ter atraso no desenvolvimento. Os dados fazem partem de um estudo desenvolvido na Faculdade de Educação da Unicamp. A pesquisa foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames. O resultado mostra que as as crianças que se enquadram neste perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo. Entre as crianças que participaram da pesquisa , apenas uma criança, de 12 anos, tinha construído as noções lógico-elementares, que seriam as noções matemáticas e a noção de espaço. A pesquisa aponta que o uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, mas sim a falta de brincadeiras no mundo real. Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso das operações infralógicas, que garantem noção operatória de espaço, tempo e causalidade.