Além das dificuldades para os clientes, a greve dos bancos começa a trazer problemas também para os comerciantes de Campinas. Isso porque os caixas eletrônicos das agências bancárias estão disponibilizando com mais frequência notas de valores mais altos, como as cédulas de R$ 50 e R$ 100. A consequência disso é a dificuldade que os comerciantes encontram para disponibilizar o troco para seus clientes.
A situação é pior para aqueles que vendem produtos de preço mais baixo, que normalmente são pagos em dinheiro. Luís Barbosa Pereira trabalha em uma dos quiosques da Avenida Francisco Glicério vendendo salgados e afirma que às vezes é obrigado a recusar o negócio por causa da falta de troco. Mesmo quem não passa pelo problema sente a dificuldade. O jornaleiro Denílson Falsarela disse que não tem problemas com o troco e que por esse motivo, os demais comerciantes da região acabam recorrendo a ele para trocar o dinheiro.
A greve dos bancários completou um mês nesta quarta-feira, sendo a maior paralisação da categoria desde 2004, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A paralisação já fechou 13.104 agências e 44 centros administrativos, o que representa 55% do total de agências de todo o Brasil.