O juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o prefeito cassado de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, que se tornou réu na Operação Lava Jato. Pela denúncia, o pedetista, teria recebido R$ 4,2 milhões para a campanha de reeleição em 2004.
A denúncia aponta que Dr. Hélio teria recebido cerca de R$ 4,2 milhões, obtidos através de um empréstimo do banco Schain, pelo pecuarista José Carlos Bumlai, de forma fraudulenta.
Ao todo, o valor emprestado chegou a R$ 12 milhões. Esse valor seria uma forma de propina ao PT feita pelo Banco Schain pelo contrato firmado com a Petrobras no valor de R$ 1,6 bilhão.
No caso de Campinas, o dinheiro que teria sido recebido pelo ex-prefeito, teria sido usado na campanha política dele de 2004, para o pagamento de dívidas com publicidade. Além de Hélio, outras cinco pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, pelo crime de lavagem de dinheiro. Todas elas também responderão ao inquérito.
No despacho, Moro informou que suspendeu a tramitação dessa ação por 45 dias até que uma outra ação no mesmo âmbito seja julgada.
Já uma denúncia contra Luciano Zica, do PT de Campinas, que também tramitava na Justiça Federal foi arquivada pelo juiz Sérgio Moro, por falta de provas.
A assessoria de Hélio de Oliveira Santos informou que ele ainda não foi notificado e que, até o momento, não iria se posicionar sobre o assunto.
