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Justiça defere pedido de recuperação judicial do Hopi Hari

A Justiça aprovou nesta quarta-feira (26) o pedido de recuperação judicial feito pelo parque Hopi Hari, de Vinhedo. O juiz Fábio Marcelo Holanda, da 1ª Vara da Comarca de Vinhedo, deferiu o pedido feito pelo Grupo Hopi Hari, e nomeou o advogado que será o administrador judicial do processo. Além disso, o juiz permitiu a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o parque siga aberto, e suspendeu os prazos de ações e execuções contra o Hopi Hari por 180 dias. No mês passado, o pedido de recuperação feito pelo Hopi Hari havia sido rejeitado pela justiça.

O advogado Sérgio Emerenciano trabalha em causas de recuperação de empresas e falências, e explica como deverá ocorrer o processo. “Em todos os projetos de recuperação judicial que nós atuamos, a essência do plano de recuperação de maneira geral é o desconto no valor da dívida, e equalização dos procedimentos operacionais da empresa recuperanda, que deverá aprovar um plano de recuperação judicial num prazo de 180 a partir da data que foi ela foi aceita pelo juízo”.

Porém, ele afirma que a assembleia de credores deverá ocorrer somente no segundo semestre do ano que vem. “Na prática, o que temos visto no Brasil, é que este é um prazo muito curto para apresentar o plano, discutir com credores (…) então na prática, é num prazo médio de um ano”.

Os funcionários do parque tem prioridade e um tempo estimado para o recebimento dos valores devidos. Esse prazo é iniciado a partir da assembleia de credores. “Os credores trabalhistas tem de receber num prazo de até 12 meses contado da aprovação do plano de recuperação judicial, já os credores financeiros não tem um tempo para o pagamento deles, o que há é uma forma que todos credores tem de receber de maneira equânime, igual”.

Segundo a assessoria de imprensa do Hopi Hari, o parque segue em atividade, tendo reabrido no dia 12 deste mês. “O fato de uma empresa estar em recuperação judicial não diz que ela deve estar parada, muito pelo contrário, a empresa precisa estar em plena atividade para que consiga atuar no procedimento de recuperação judicial, pois você não recupera aquilo que está parado em um primeiro momento”, explica.

A dívida estimada do Hopi Hari é de aproximadamente R$ 330 milhões, sendo que o principal credor da empresa é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a quem o grupo deve cerca de R$ 200 milhões.

 

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