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PUC-Campinas comemora 75 anos com projeto de restauro do Solar do Barão de Itapura

Projeto de restauro do Solar do Barão de Itapura (Divulgação)

A PUC-Campinas celebra em 2016 seus 75 anos de fundação, e a principal ação para celebrar a marca é o restauro do local que abrigou a universidade durante 74 anos: O Solar do Barão de Itapura, conhecido popularmente como “PUC Central”.

O local abrigou a universidade de 1941, quando ali foi fundada a Faculdade de Ciencias e Letras pelo Monsenhor Salim, passando por 1972, quando ela passou a ser a Pontifícia Universidade Católica, até 2015, quando estudaram no local as últimas turmas do curso de direito, que, neste ano, foram transferidas para um novo prédio no Campus I.

O Vice-Reitor da Puc-Campinas, e responsável pelo Projeto Restauro, Professor Doutor Germano Rigacci Júnior, falou sobre o projeto de restauração, e o valor do solar para a história da PUC, e de Campinas. “Essa iniciativa coroa todas as comemorações que tem sido feitas, o solar tem um valor histórico que envolve a história do país, do município, e da universidade”.

Segundo o projeto de restauro apresentado, o Solar do Barão de Itapura não terá mais os muros que hoje separam o prédio da Avenida Francisco Glicério. O projeto prevê ali uma praça, seguindo um conceito de urbanismo de cidade aberta às pessoas. Espera-se que a abertura promova a valorização do entorno do Solar, e contribua para a revitalização do centro da cidade.

O projeto de restauração é complexo, afinal, o Solar tem mais de duas centenas de cômodos, e por isso, demandará um alto investimento. “Nós estamos falando de um prédio que tem 227 dependências, salas, quartos, e em anexo mais duas casas que também estão tombadas e serão restauradas. Então temos um projeto básico, e que se estima é um curso de R$ 25 milhões para todo o restauro”, conta o Vice-Reitor.

Esse valor é uma referência inicial, e a universidade não dispõe da totalidade desses recursos para investir, segundo o vice-reitor. “Isso tudo demanda um aprofundamento dos estudos, e mão de obra especializada, pois se trata de restauro, não de reforma. A universidade não tem este valor, pois investe em suas atividades fins, que são pesquisa, ensino e extensão, então ela está, junto com a sociedade campineira, começando este movimento para arrecadar recursos”.

A PUC-Campinas dispõe de três formas para arrecadar os recursos necessários. O primeiro é o crowdfunding, ou financiamento coletivo. Pessoas físicas poderão doar qualquer valor, a partir de 100 reais, e receberão em troca um brinde em agradecimento pela ajuda.

As outras duas formas de contribuição são voltadas para empresas.Via Proac (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), que viabiliza que até 3% do ICMS devido pela empresa ao governo do estado seja destinado ao restauro; e também pelo Pronac (Programa Nacional de Apoio a Cultura), implementado pela Lei Rouanet, que possibilita que as empresas repassem ao projeto de restauro até 4% do imposto de renda devido. Após a conclusão do restauro, segundo o vice-reitor, ele servirá a comunidade, abrigando um museu universitário, atividades e oficinas culturais, sendo algumas gratuitas, e cursos de extensão.

O solar do Barão de Itapura teve sua construção iniciada em 1880, e foi concluído três anos depois. Ele abrigou a família de Joaquim Policarpo Aranha, o Barão de Itapura, por algumas décadas. Em 1935, a filha do Barão e herdeira do prédio, o Alugou para a Arquidiocese de Campinas, e em 1941 ele foi transferido para a Sociedade Campineira de Educação e Instrução, mantenedora da PUC-Campinas, tendo início assim a história da universidade no local.

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