Após a Prefeitura de Campinas anunciar que parcelará os salários referentes ao mês de outubro para cerca de 25% dos funcionários, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas divulgou uma nota lamentando a decisão.
O diretor do sindicato, Tadeu Cohen, disse que independente do fato de que os que receberão o salário de forma parcelada sejam aqueles que recebem os maiores vencimentos, isso atrapalha o planejamento financeiro das famílias dos servidores. “Cada um de nós programa sua vida durante o ano, independente do salário, essa notícia é uma surpresa, uma notícia ruim para nós”.
O sindicato tem a preocupação de que a medida venha a ocorrer em outros meses, e também se preocupa quanto ao pagamento do décimo terceiro salário dos servidores, e por isso, se prontificou em cobrar do Prefeito que a segunda parcela seja paga na data prometida, em 15 de novembro, assim como o pagamento do 13° salário.
Outra reclamação do sindicato é quanto à medida anunciada da demissão de 20% dos servidores comissionados. Geralmente, sindicatos de servidores municipais defendem a redução dos cargos comissionados, e a realização de concursos públicos para o preenchimento desses cargos. O diretor justificou o posicionamento atual do sindicato em relação aos comissionados. “Estamos falando de um momento com 12 milhões de desempregados, por mais que sejamos favoráveis ao concurso público, essa é uma medida que mexe com o pai de família, embora o sindicato sempre defenda o concurso público”.
Uma das medidas anunciadas pela Prefeitura agradou o sindicato. É a proibição das horas extras para os servidores, salvo casos excepcionais. Embora a decisão ocorra por contenção de gastos, o sindicato afirma sempre ter defendido tal medida, devido, segundo o sindicato, à sobrecarga de trabalho e as condições que os trabalhadores estão expostos. Com isso, a entidade espera maior qualidade de vida do funcionalismo, sem sobrecarregar o trabalhador, pois isso comprometeria a saúde dos servidores.
