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Advogados são presos por envolvimento com facção

Imagem: Arquivo

Dois homens e duas mulheres foram presos em Campinas nesta terça-feira durante a Operação Ethos, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público e da Polícia Civil. Os quatro são advogados suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa que atua no estado de São Paulo. Segundo o promotor do Gaeco Campinas, Daniel Zulian, eles cometeriam crimes pelos clientes.

O promotor não quis detalhar quais os tipos de favores criminosos seriam executados, porque os trabalhos de investigação são de responsabilidade do Gaeco e da Polícia Civil de Presidente Prudente. Mas segundo o presidente da Comissão Local de Prerrogativa da OAB, Pedro Gonçalves, que acompanha o caso, os profissionais são acusados de facilitar a comunicação entre os criminosos dentro e fora da cadeia.

As ações na cidade aconteceram nos bairros Cambuí, Jardim Eulina, Parque da Mata 2 e Parque São Martinho. Nesses endereços, as casas e os escritórios dos profissionais foram alvos de busca e apreensão. O delegado da Segunda Delegacia Seccional, José Henrique Ventura, explica que computadores, documentos e pen drives foram colhidos. De acordo com ele, não houve resistência durante o cumprimento das ações.

Um dos endereços vistoriados fora da cidade fica em Monte Mor e pertence a um homem preso em junho em outra operação semelhante. Ele seria o responsável pela articulação entre criminosos e advogados. Questionado sobre o envolvimento dos profissionais, o presidente da OAB Campinas, Daniel Blikstein, afirma que o órgão acompanha a situação de cada um deles e que as sanções podem ser aplicadas.

Quarenta e um profissionais do estado foram alvos e ao menos 34 foram presos. Entre eles, o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Luiz Carlos dos Santos, preso em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. Além do auxílio no contato da facção, as acusações também apontam que eles teriam movimentado dinheiro do crime e ajudado a criar um banco de dados com nomes e endereços de agentes penitenciários para serem mortos

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