A construção civil de Campinas registrou uma redução de 1,46% no nível de emprego em setembro na comparação com agosto, com fechamento de 290 postos de trabalho. No acumulado do ano, a redução chega a 11,54%, o equivalente a 2.694 vagas.
Este é o 5º mês consecutivo de queda de vagas de emprego em Campinas. Apesar disso, em setembro a queda foi mais acentuada em relação aos meses passados. Em agosto a queda havia sido de 2,03% e em julho foi de 2,23.
O Diretor da Regional do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) Márcio Benvenutti, disse acreditar que o município já chegou no fundo do poço com relação a empregabilidade no setor. Uma possível retomada, porém, só começara a ser sentida depois do carnaval
Para o diretor da regional do SindusCon, além da crise econômica que afeta o país, Campinas ainda sofre consequências dos problemas na área da construção civil originados na administração de Hélio de Oliveira Santos e que acabaram gerando uma insegurança jurídica para os investidores
Vários empreendimentos chegaram a ser embargados depois de serem considerados irregulares porque não foram feitas obras de contrapartida necessárias para as melhorias de infraestrutura no entorno. As construtoras tiveram que fazer um Termo de Ajustamento de Conduta para a liberação das obras.
Benvenutti comentou que a retomada do crescimento em Campinas deverá ser maior que a média do Estado
Na região, a maior queda ficou com Paulínia (-10,46%). Em setembro, a cidade perdeu 132 vagas. Em contrapartida, Limeira foi a que mais subiu (2,94%) com um acréscimo de 137 vagas em setembro.
Os dados divulgados são da pesquisa realizada pelo SindusCon em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego.
