A Câmara de Campinas aprovou o orçamento do município para o próximo ano no último dia 30, mas os vereadores da oposição questionaram os cortes previstos, como por exemplo, nas áreas da saúde e do transporte. O orçamento 2017 prevê R$ 5,3 bilhões em receitas, o que corresponde a um crescimento de 6,5% em relação a arrecadação deste ano. Mesmo com a elevação do índice, não há aumento real porque a inflação deve fechar em 7,3% até dezembro.
A bancada de oposição da Câmara, responsável pelos quatro votos contrários a proposta do executivo, criticou fortemente a redução dos investimentos na saúde e o aumento no transporte. No caso da saúde, o recuo será de 2,4%. A oposição aponta que o poder de compra da secretaria de saúde será 10% menor, uma vez que os custos dos insumos aumentam acima da média da inflação. Já no setor de transportes, os investimentos no ano que vem serão 126% maiores, o que leva os vereadores contrários ao governo a um entendimento de que as empresas que operam em Campinas seriam beneficiadas com o aumento do subsidio. De acordo com o vereador Pedro Tourinho, do PT, a prefeitura deveria rever sua política de investimentos nas duas áreas da administração.
Além de Pedro Tourinho, votaram contra a proposta do orçamento 2017 de Campinas, seus colegas de PT na bancada, Ângelo Barreto e Carlão, além de Paulo Bufalo, do Psol. O petista justifica o voto pelo fato da prefeitura não abrir uma discussão para debater a peça orçamentária, além de não aprovar nenhuma das 44 emendas propostas. A reportagem entrou em contato com a secretaria de finanças de Campinas, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
