Batizar um gênero musical que tem uma sonoridade diferente do nome pode atrapalhar na hora da comunicação.
É o que acontece há algum tempo no Brasil, onde a música que nasceu nos morros do Rio de Janeiro é chamada de funk.
O problema é que esse som feito a base de um único equipamento não tem nada a ver com o original desenvolvido pelos negros americanos.
Uma saída normalmente usada é chamá-lo de funk carioca, mas aí a injustiça passa a ser interna, pois no auge dos bailes black, isso na década de 70, vários artistas da cidade maravilhosa fizeram jus ao título funk, mesmo com pouco reconhecimento.

A banda Black Rio não ficava devendo nada aos grupos americanos.
Com pelo menos 7 integrantes, ela tinha tudo o que era preciso para garantir um funk de qualidade.
Uma boa linha de metais, o riff da guitarra, o contratempo do baixo, o teclado dando um brilho e a bateria marcando o ritmo. Todo esse swing era enriquecido com pitadas de brasilidade e o samba entrava nessa mistura

Gerson King Combo era chamado de James Brown brasileiro por causa do jeito de dançar e das capas que usava, além do som pesado.
Nascido Gérson Cortes, ele criou esse personagem após ver de perto a cena black nos Estados Unidos, aonde ele foi cantar acompanhando Wilson Simonal.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi