Sem receber desde novembro do ano passado, os médicos da Santa Casa de Mogi Mirim entraram hoje em greve por tempo indeterminado. Os profissionais mantêm apenas os serviços de urgência e emergência. Todas as cirurgias eletivas foram suspensas. Segundo informações do sindicato que representa a categoria, existe uma dificuldade grande para abrir uma negociação com a direção do hospital e também com a prefeitura de Mogi Mirim. O movimento de paralisação conta com a adesão de todos os cerca de 30 médicos que atendem na unidade de saúde.
Em nota, a prefeitura de Mogi Mirim informou que consta um débito no valor de R$ 2,1 milhões e que estuda os trâmites legais e administrativos para o repasse. A administração alerta ainda que após realizar o repasse, a direção da Santa Casa decide onde irá alocar o recurso, não significando que haverá o pagamento de salários. De acordo com o presidente do sindicato dos médicos de Campinas e região, Casemiro Reis, essa é exatamente a maior preocupação da categoria. Ele afirma que se a unidade de saúde acertasse ao menos o mês de novembro, os médicos estariam dispostos a reabrir as negociações e retomar as atividades.
A prefeitura de Mogi Mirim informou ainda que o atraso no pagamento é de responsabilidade da administração anterior. Já a Santa Casa de Mogi informou apenas que os salários estão realmente atrasados, em razão da falta de repasse da Prefeitura Municipal.