O Centro de Saúde do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, teve grande procura por vacina contra a febre amarela nesta sexta-feira. A recepção e a sala de espera ficaram lotadas durante a manhã e funcionários tiveram que reorganizar as salas e distribuir senhas. A coordenadora da unidade, Cláudia Carezzatto, conta que as aplicações diárias passaram, em média, de sete para 50 nesta última semana.
Apesar da grande procura, não houve confusão, mas quem chegou logo cedo, como Lucas Voigt, teve que aguardar por mais de uma hora. Ele conta que vai viajar para Minas Gerais no próximo mês e decidiu se precaver ao saber que o estado sofre com um surto recente. Ao todo, 23 mortes foram confirmadas e outras 31 estão sob suspeita. A doença se concentra em 29 cidades e 141 casos são analisados
A recomendação do Ministério da Saúde é justamente essa: quem reside nessas áreas, ou quem vai viajar para essas regiões deve se imunizar. Mas mesmo sem risco de contaminação no estado de São Paulo, muita gente com medo tem procurado as unidades de Saúde em Campinas. O médico infectologista da Vigilância Municipal em Saúde, Rodrigo Angerami, mostra preocupação com o aumento da demanda na cidade.
Em nota, a Pasta Municipal de Saúde afirma que é preciso que as pessoas se conscientizem, já que pode faltar vacina para quem realmente precisa. Caso a imunização tenha sido feita há menos de dez anos, não há necessidade. Se o prazo expirou, a segunda dose é necessária. Além de Barão Geraldo, o CS Faria Lima também ficou cheio. O último caso confirmado de febre amarela em Campinas foi registrado em 2000.
