O Carnaval 2017 tem início nesta sexta-feira, e em Campinas, mais uma vez, o desfile das escolas de samba não será realizado. Mas, os tradicionais blocos de carnaval, que ganham cada vez mais espaço na preferência popular, são uma boa opção para quem estiver na cidade durante os dias de folia.
Alguns blocos tomam as ruas da cidade em apenas um dia do carnaval, enquanto outros desfilam duas ou mais vezes. Porém, os preparativos para que os blocos sejam viabilizados levam muito mais tempo. A movimentação tem início meses antes, como conta Maria Ester Januário, uma das organizadoras do bloco Tomá na Banda. Ela relata que o início se deu na busca por patrocínios para viabilizar o bloco. “Desde agosto do ano passado, e então é um ‘namoro’ que vai e vai, mas em janeiro começou a despencar o não, por conta da situação da crise que se instalou pra todo mundo”.
O Tomá na Banda desfila na tarde do sábado de carnaval em vias do Centro e do Cambuí. Os patrocínios se fazem necessários para a viabilização do bloco, e a busca de apoiadores também dá bastante trabalho. “Por enquanto eu acho que todos os blocos estão com muita dificuldade financeira, inclusive não estaremos com uma banda de palco justamente por isso. Temos o custo da banda de rua, o custo do som, faixa da rainha, coisas pequenas mas que somando tem um custo bom”.
Cris Bueno, fundadora e organizadora do Bloco das Caxeirosas, que desfila na tarde de Sábado em Barão Geraldo, afirma que a data do carnaval neste ano ajudou, por ser no final do mês, e agora restam somente os últimos ajustes. Mas é justamente neste momento que a correria aumenta. “Nossa, esses dias que antecedem é loucura, pois a gente tem de finalizar. Este ano a data foi muito boa, pois deu tempo de chegar das férias e trabalhar (na organização)”.
O bloco é voltado para famílias e também para o público infantil, e conta, entre outras coisas, com banda, alas, água de cheiro e bonecões. Todo ano há o de uma nova personagem, e isso é o que mais dá trabalho na reta final dos preparativos. Neste ano, a boneca é a Jureminha, uma menina indígena que ganhou uma flecha da avó feiticeira, mas que ainda não sabe atirar. “Tem que produzir a confecção das bonecas, ver como estão os instrumentos, decorar o palquinho, mas o restante já está encaminhado, falta mesmo agora é a boneca do ano que a gente tem uma certa tensão”.
A programação dos blocos, com datas, horários, locais de concentração e itinerários pode ser conferida clicando aqui.