Um grupo de aproximadamente 20 pessoas portadoras de necessidades especiais realizou um protesto na manhã de hoje em frente ao Palácio dos Jequitibás, em Campinas.
Portando cartazes com dizeres como “quero minha perna”, e “preciso de uma prótese para trabalhar”, entre outros, eles reclamam que a Prefeitura não tem fornecido equipamentos como próteses e cadeiras de rodas por meio do Centro de Referência em Reabilitação, como explica Boris Scimanscki, que participou do protesto. “Nós estamos reivindicando com o secretário de saúde 1.400 cadeiras de rodas, órteses, próteses, setor de meias elásticas, tudo que abrange pessoas que tenham amputação”.
Ele afirma que há tempos a troca de equipamentos não vem sendo realizada, e que pessoas que passam a necessitar de próteses e cadeiras de rodas não vêm sendo atendidas. “Nós temos próteses desde 2014 faltando, então estamos com uma defasagem muito grande de cadeiras de rodas, próteses, e o que abrange uma pessoa amputada. Eles falam que não tem dinheiro, mas isso não é problema nosso. São coisas que os usuários necessitam”.
Alexandre Posse é aposentado por invalidez, e utiliza prótese em uma das pernas, afirma necessitar de uma prótese nova. “Eu dependo de usar uma prótese para poder sobreviver dignamente, e para a gente não retroceder em nossa saúde precisamos de manutenção, troca das próteses, no meu caso, que utilizo pelo fato de amputação da perna e parcialmente do pé”.
Ele afirma que a maioria das pessoas presentes no protesto não dispõe do valor necessário para a compra de outros equipamentos, e que ele precisa trocar de prótese anualmente por conta do desgaste natural provocado pelo uso. “São materiais caros, uma prótese hoje sai na faixa de R$ 13 mil, o que não é para qualquer um. Eu preciso trocar de prótese uma vez por ano, há o desgaste do material da prótese, das cadeiras de rodas, elas se desgastam, é normal, não há o que fazer. Logicamente que se o material fosse melhor, duraria muito mais”.
A Prefeitura informou que os manifestantes foram recebidos pelo chefe de gabinete da Secretaria de Saúde, que informou que irá estudar o caso, e ver o que pode ser feito de imediato para a melhora da situação.
