As sindicâncias a respeito de um esquema de fraudes em licitações na Câmara de Campinas foram encerradas. A investigação se refere às gestões de Aurélio Cláudio e Pedro Serafim como presidentes da Câmara e começou há cinco anos. Uma publicação no Diário Oficial informa que foram mantidas as demissões já feitas em 2013 de dois funcionários – Carlos Eduardo Guida Gaspar, chefe de Compras do Legislativo, e de Adilson Barbosa.
Mais dois funcionários foram suspensos por 30 dias e terão que pagar uma multa pecuniária de 50% do salário do servidor. Outros dois foram absolvidos. A denúncia se refere a um esquema de fraudes, coma criação de empresas de fachada, com sócios que tinham relação de parentescos e endereços iguais. Essas empresas foram fornecedores da Câmara nos anos de 2010 e 2011, com rendimentos de R$ 7,4 milhões em contratos para fornecimentos de material de escritório e eletrônicos, entre outros.
Os contratos eram fechados através da modalidade carta-convite, para driblar o processo de licitação. Em um dos casos, está a compra de um painel eletrônico de votação que nunca foi colocado em funcionamento, em que foram investigados quatro funcionários, sendo que dois foram demitidos e dois foram suspensos.
Outras duas sindicâncias se referem à compra de equipamentos de TV em 2011, além da compra e instalação de ar-condicionado no prédio do Legislativo em 2007. No caso do ar condicionado, foi pago R$ 136 mil pelo fornecimento de um serviço que poderia ter sido feito por R$ 85 mil. Aurélio Cláudio e Pedro Serafim negam as irregularidades. A justificativa de Serafim foi de que as licitações eram estratificadas por falta de dinheiro para pagar a compra total dos equipamentos.
