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Nomeação de irmão de Jonas como ouvidor da Câmara é questionada

A nomeação de Tadeu Marcos Ferreira como ouvidor da Câmara de Vereadores de Campinas gerou questionamentos dentro da Casa. Para a vereadora do PSOL, Mariana Conti, a escolha pelo irmão do prefeito Jonas Donizette pode ser vista como um exemplo de nepotismo. Ela critica a medida e ainda sugere uma mudança no regimento interno do Legislativo para que a decisão tenha participação aberta da população.

A ouvidoria recebe sugestões e críticas da população e encaminha as demandas aos setores competentes. O salário do cargo é de R$ 14 mil. Responsável pela indicação, o presidente da Câmara, Rafa Zimbaldi, do PP, nega qualquer interferência ou influência do Poder Executivo. Ele justifica a decisão e defende que as experiências técnica e política pesaram. Tadeu Marcos foi vereador na cidade por seis mandatos.

Para o advogado especializado em Administração Pública, Rafael Cajueiro, a medida é questionável e o entendimento varia em cada caso. Ele explica como exemplo que a nomeação poderia representar um caso de nepotismo cruzado, quando uma autoridade contrata parentes da outra. Isso, porém, dependeria da comprovação de que houve contrapartida no Executivo.

De qualquer forma, define a situação como “delicada”. De acordo com o advogado, a escolha pode ser considerada legal se houver a comprovação de que a função se enquadra no princípio da imparcialidade. Procurado para comentar a própria nomeação como ouvidor, Tadeu Marcos não foi encontrado pela produção até o fechamento desta reportagem.

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