O que poderia haver em comum entre faculdades de História, Química, Física e outra áreas ? Normalmente nada, mas se estivemos falando da Universidade de São Paulo na década de 70, a música feita por um grupo de estudantes é a resposta certa. Klaus Petersen, Marcelo Galbetti, Mário Manga e Wandi Doratiotto circulavam pela USP com violão, cavaquinho, flauta, ou seja, instrumentos fáceis de carregar. Com um repertório baseado em chorinho e samba de breque, eles foram ganhando notoriedade dentro do Campus. E o que começou da maneira espontânea e descompromissada na Escola de Comunicações e Artes, foi batizado de Premeditando o Breque e mais tarde conhecido como, Premê.
O Premê fez parte da chamada Vanguarda Paulista ao lado de Itamar Assumpção , Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Língua de Trapo entre outros. Com um discurso inteligente, bem humorado e excelente domínio musical o Premê soube expressar com bastante propriedade a cultura paulistana.
De maneira modesta, sem publicidade, mas com qualidade musical, simpatia e o sucesso da canção São Paulo, São Paulo, o grupo chegou a ser contratado por uma multinacional na segunda metade dos anos 80. A insistência para que a EMI-ODEON os chamasse partiu de Lulu Santos, um fã assumido, que inclusive produziu dois discos.
No final de 2015 o diretor Alexandre Sorriso lançou o documentário “ Premê – Quase Lindo ” o filme que resgata a história do grupo paulistano também contou com a participação na produção do musico Danilo Moraes filho de Wandi Doratiotto.
Acompanhe esta edição com depoimento de Wandi Doratiotto.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi