A falta de manutenção nas ambulâncias afetou o atendimento do Samu em Campinas nesta segunda e terça-feira. Das 12 unidades que costumam circular, só duas operaram devido às condições das demais. Os reparos não são feitos, faltam peças de reposição e o problema é maior porque motocicletas compradas há anos para reforçar o serviço nunca foram usadas e continuam no pátio da central, na Vila João Jorge.
O diretor do Sindicato dos Servidores, Afonso Basílio, afirma que a situação é antiga e impede que uma parcela mínima das chamadas de urgência e emergência seja atendida todos os dias no município. Segundo o diretor da entidade, o veículo mais novo do Samu, que deveria ser usado em locais de difícil acesso, está parado há seis meses com baixa quilometragem devido à falta de conserto de uma das peças.
Sem a manutenção necessária, unidades de tratamento intensivo também não saem da sede, o que obriga os funcionários a usarem veículos básicos de forma improvisada para que o atendimento não seja afetado. Mas além das ambulâncias, Basílio ainda denuncia que motocicletas compradas há anos permanecem paradas por falta da contratação de mão de obra. As chamadas motolâncias são mantidas em um canto da base.
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que ainda nesta terça-feira seis viaturas básicas do Samu vão entrar em operação e que as unidades vão se somar às duas básicas e às duas UTIs que funcionam atualmente. Segundo o comunicado, o novo contrato de manutenção foi assinado e também entra em vigor a partir desta terça. A expectativa, de acordo com o Executivo, é que a situação esteja normalizada até o final da semana. A Administração diz que entende que é necessária a modernização, mas que a reposição é feita pelo Ministério da Saúde. Sobre as motolâncias, alega que o concurso tem validade até 2018, mas não dá prazo.
