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Discussão sobre retirada de empresas de valores do perímetro urbano volta à tona com assalto no Paraguai

Imagem: Google Street View

O assalto a empresa de transporte de valores Prosegur, em Ciudad del Leste, no Paraguai, na madrugada desta segunda-feira reacendeu as discussões sobre a obrigação de se afastar do perímetro urbano os imóveis usados nesse tipo de atividade. A ação criminosa no país vizinho foi feita por uma quadrilha brasileira, usando a mesma tática em assaltos que foram realizados em algumas cidades no interior de São Paulo, entre elas Campinas.

Em março do ano passado um grupo formado por pelo menos vinte pessoas atacou a sede da empresa Protege, que fica no bairro São Bernardo. Houve um tiroteio intenso durante uma hora e meia, o que levou os moradores da região a se mobilizarem e a realizarem um protesto pedindo a saída da empresa do local. Na ocasião, o prefeito Jonas Donizette assinou um decreto que cria um grupo de estudo que analisaria a retirada desse tipo de atividade de bairros residenciais. O presidente da Câmara, Rafa Zimbaldi, também enviou ao executivo um requerimento pedindo a alteração da lei para o mesmo fim.

Já a deputada estadual Célia Leão apresentou no ano passado um projeto de lei na assembleia legislativa para proibir a presença de empresas de valores dentro do perímetro urbano em todas as cidades paulistas. Segundo ela, apesar de pouco divulgada nos últimos meses, a proposta segue tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Para os moradores das áreas onde essas empresas atuam em Campinas, o trauma dos assaltos recentes permanece e a indignação é grande. Sérgio de Freitas conta que os filhos ainda estão assustados, mesmo um ano após o assalto na Protege do bairro São Bernardo. Outro morador da região, que não quis se identificar, disse que depois do assalto, o policiamento aumentou no bairro, mas defende a mudança da empresa, caso novos episódios de violência aconteçam.

Em nota, a prefeitura de Campinas informou que a situação das empresas de valores do município está sendo discutida no plano diretor municipal. Já a câmara municipal, informou que o requerimento que originou essa discussão pautou uma reformulação na lei de uso e ocupação do solo.

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