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A cada 3 dias RMC tem 2 casos de discriminação ou violência motivada pela orientação sexual

Dados divulgados pelo Centro de Referência LGBT Campinas apontam que a Região Metropolitana de Campinas registrou 1.571 casos de homofobia entre janeiro de 2012 e abril de 2017. Para se ter uma ideia, a cada três dias, dois casos de discriminação ou violência motivada pela orientação sexual são contabilizados.

Nos primeiros quatro meses de 2017, foram 81 denúncias. No mesmo período de 2016, foram 113 casos.

O Coordenador de direitos humanos da Associação da Parada do Orgulho LGBT de Campinas Paulo Mariante comentou que ainda há um reflexo da alta intolerância por parte da sociedade

A cidade conta, desde 2008, com uma lei que lembra a luta contra a homofobia no calendário municipal. Para Mariante o número de casos deve ser ainda maior já que, segundo ele, há uma subnotificação da violência.

Para a Coordenadora do Centro de Referência LGBT, Valdirene Santos o principal papel da unidade é fazer o acolhimento das vítimas de violência

Uma pesquisa de uma rede europeia que apoia os direitos da população trans. revela que o Brasil é o país onde mais se mata travestis e transexuais. Em 2015 foram registradas 123 mortes. No México, o segundo país a figurar na lista, foram contabilizadas 52 ocorrências.

Em nota a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que há um trabalho formado por representantes da Secretaria e do Conselho Estadual do Direitos da População LGBT do Estado de S. Paulo.

Além disso, houve aumento na carga horária de matérias relacionadas aos Direitos Humanos em cursos ministrados pela ACADEPOL aos policiais civis e a divulgação, pela intranet da Polícia Civil, de uma cartilha elaborada pela Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Em 2016, dos 139 inquéritos instaurados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, do DHPP, 18% eram relacionados a homofobia. No estado, de novembro de 2015 até março de 2017 foram registrados 1.465 casos de intolerância com motivação de homofobia e transfobia, sendo as naturezas mais comuns de injúria, ameaça, lesão corporal, difamação e violência doméstica.

Por fim, a Secretaria ressalta a importância de se fazer o registro de boletim de ocorrência paraque a polícia possa instaurar inquérito e investigar adequadamente o crime.

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