Dois ex-funcionários da Prefeitura de Sumaré e um ex-diretor da Odebrecht Ambiental prestaram depoimento ao Ministério Público na manhã desta quarta-feira.
Eles foram ouvidos sobre a suspeita de fraude no contrato de serviços e saneamento firmado entre a Administração Municipal e a empresa.
A investigação começou após a delação do ex-executivo da companhia, Guilherme Pamplona Paschoal, durante a Operação Lava Jato.
Segundo Pamplona, a ex-prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, do PSDB, recebeu vantagens indevidas no valor de R$ 600 mil durante o período eleitoral de 2012.
Outros R$ 300 mil teriam sido repassados para o ex-deputado estadual Francisco de Assis Pereira, o Professor Tito, do PT, em 2014.
A promotoria realizou as oitivas de Márcio Tanajura, diretor da Odebrecht Ambiental, Hamilton Lorençatto, ex-secretário de Finanças e Orçamento de Sumaré, e João Alberghini Sobrinho, ex-chefe de gabinete da administração.
O conteúdo não foi divulgado e a ex-prefeita Cristina Carrara também era esperada, mas o advogado dela justificou que o depoimento deve ser remarcado para junho, porque ela está viajando.
Nesta quinta e sexta-feira, a comissão que também apura as suspeitas de irregularidades na Câmara da cidade vai ouvir o procurador-geral de Sumaré e três membros da antiga Comissão de Licitação da Prefeitura.