A greve dos funcionários dos Correios completa sete dias nesta quarta-feira. O movimento em todo o País deve seguir por tempo indeterminado. Segundo o diretor do sindicato de Campinas e Região, Remerson Braga, tudo depende das reuniões em Brasília entre empresa e trabalhadores. Ele estima que a adesão chegue a 70% no município, o que afeta os serviços de distribuição e entrega de correspondências e encomendas.
O motivo do início da paralisação e das críticas de Remerson é a série de medidas tomadas pela direção. A empresa alega dificuldades financeiras. A estatal estima um prejuízo de R$ 400 milhões no primeiro trimestre e admite não ter condições de arcar com as folhas de pagamentos.
Os sindicatos, por outro lado, afirmam que isso não justifica o que chamam de precarização do trabalho e ataques aos direitos básicos. A greve nacional também é contra a privatização, as demissões em massa, e o fechamento de mais de 200 agências em diversos estados. Na terça-feira, um novo encontro entre os representantes patronais e dos trabalhadores foi encerrado sem acordo e por isso a greve continua.