Mais uma vez a população de Paulínia pode acabar sofrendo com a instabilidade política entre os líderes do executivo. A afirmação é do professor de Ciências Sociais da Pucc, Vitor Machado. Na última semana, o vice-prefeito, Sandro Caprino (PRB) rompeu politicamente com o prefeito Dixon Carvalho (PP) apenas cinco meses depois de tomarem posse.
A justificativa de Caprino é de que Dixon está administrando o município de uma forma diferente do negociado entre eles durante a campanha eleitoral. Para o professor Vitor Machado, a governabilidade deve ficar comprometida com o rompimento entre os líderes políticos
Nos bastidores a crise teria iniciado depois que o Legislativo recebeu dois pedidos de investigações de contratos emergenciais assinados por Dixon e que poderiam levar a cassação da chapa. Um do lixo e outro da merenda escolar. Com medo de que as investigações pudessem gerar um revés político, Caprino rompeu com o prefeito. No final de março, porém, os dois projetos foram rejeitados pela Câmara.
Machado ressaltou que o rompimento de Caprino com Dixon pode levar, inclusive, a uma paralisia política já que o vice compõe o núcleo de articulação e pode dificultar as negociações do executivo juntos ao legislativo
Entre 2012 e 2016 os moradores de Paulínia enfrentaram problemas em várias áreas depois que Edson Moura Jr. e José Pavan Jr. se alternaram na cadeira do chefe do executivo municipal. Depois de várias liminares e até o próprio Sandro Caprino, então presidente da Câmara, também administrar o município, a justiça colocou um ponto final na história e Pavan Jr. conduziu a cidade até as últimas eleições.