A Comissão Especial de Inquérito que investiga o contrato entre a Prefeitura de Sumaré e a empresa Odebrecht Ambiental remarcou a oitiva da ex-prefeita Cristina Carrara (PSDB), para essa segunda feira, na qual ela compareceu e respondeu todas as perguntas dos vereadores.
Ela foi convocada para prestar esclarecimentos sobre o processo de concessão dos serviços de saneamento do município.
A suspeita é de pagamento de 600 mil Reais em troca de favorecimento em licitação para o serviço de saneamento da cidade, a Odebrecht Ambiental. Uma doação que ela alega ter aceitado, desde que feita de forma legal, mas que acabou não se concretizando.
Mas de acordo com as acusações, a propina teria sido paga antes das eleições municipais de 2012, que ela venceu, e entregue a João Alberghini Sobrinho, que posteriormente assumiu a Secretaria de Governo.
Esse pagamento foi confirmado pelo Delator de Cristina Carrara, quando prestou depoimento na Comissão Especial de Inquérito no mês passado.
O delator é o Ex-executivo da empresa, Guilherme Pamplona Paschoal. Cristina Carrara foi questionada sobre um suporto encontro entre ela e Pamplona no Gabinete, logo após ela ter ganho as eleições, o que ela negou.
A ex-prefeita de Sumaré usou uma parte da oitiva se justificando sobre a opção pela concessão do serviço de saneamento da cidade.
Segundo ela, ao assumir a Prefeitura em 2013 tomou conhecimento de um TAC firmado com a Gaema (Ministério Público do Meio Ambiente) pela administração anterior para que a cidade tivesse 100% do esgoto tratado até 2013.
Diante do desafio e do pouco tempo diponível para atender a determinação, ela diz ter optado pela concessão, cuja vencedora da licitação foi a Odebrecht Ambiental.