Enquanto o Executivo e os vereadores contrários organizam debates sobre a proposta de fechamento dos bares às 23 horas em Campinas, outros parlamentares e grupos também se movimentam para ampliar a discussão. Com parte da oposição reunida na bancada que questiona a medida, os membros que integram a base da Prefeitura na Câmara decidiram abordar o assunto em comissões e são vistos como peças-chave para barrar o projeto.
É o que afirma o coordenador do Movimento Muda Campinas, Rafael Bressane, que está à frente da organização de um ato contra o texto do governo municipal. A ideia é tentar pressionar o Legislativo para impedir a votação em Plenário. O protesto está marcado para esta segunda e já conta com a confirmação de mais de 1,2 mil pessoas. Um abaixo-assinado também foi organizado e a meta é que a adesão em bares, lanchonetes e restaurantes alcance as 5 mil assinaturas.
Bressane também dirige críticas ao que considera uma ameaça ao faturamento de estabelecimentos e de trabalhadores ligados a diversas atividades noturnas e por isso considera questionável a imposição de um horário-limite na cidade. Para ele, porém, até mesmo a mobilização da bancada contrária precisa ser vista com ressalvas. Segundo ele, o posicionamento de ao menos seis vereadores é importante, mas talvez não seja suficiente para barrar o projeto de lei na Casa.
Paralelo a isso, o vereador integrante da base, Luis Henrique Cirilo, do PSDB, propôs mais um debate público sobre o assunto. A ideia é que todas as partes envolvidas sejam reunidas, incluindo representantes do Ministério Público. Presidente da Comissão de Constituição e Legalidade, ele não se diz a favor da medida, mas pede uma discussão mais ampla e reconhece que falta estrutura e pessoal para que o Executivo consiga fazer a liberação adequada dos alvarás. A sessão convocada por Cirilo está marcada para acontecer na tarde do próximo dia 6, um dia depois do protesto organizado por movimentos e entidades.
