A Polícia Federal prendeu duas pessoas em Campinas dentro da Operação Proteína, que desarticulou três quadrilhas investigadas por comercializar anabolizantes e outras drogas. Ao todo, mais de 320 policiais federais cumpriram 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A operação começou em julho de 2016 com base em informações que indicavam o comércio irregular de anabolizantes e outras substâncias ilícitas em academias e lojas de suplementos alimentares na cidade gaúcha de Rio Grande.
Ao mesmo tempo, as investigações demonstraram que uma parcela do anabolizante irregular consumido em Rio Grande era fornecida por três organizações criminosas estabelecidas em São Paulo. Esses grupos eram responsáveis pela importação irregular de anabolizantes e medicamentos fabricados no Paraguai, na Argentina, na Índia e em outros países, e por sua distribuição em diversos estados brasileiros sem o registro na ANVISA. Há indícios de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados, como hormônios de crescimento, e de aquisição de anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, desviados para revenda clandestina.
Segundo a Polícia Federal, as quadrilhas movimentaram cerca de R$ 2 milhões. Os grupos contavam com a participação de Policiais federais, civis e militares, que passaram a ser investigados na Operação Proteína. Além das duas prisões em Campinas, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão. Na região, foram cumpridos outros dois mandados de busca e apreensão em Atibaia.
