Em visita a Campinas para uma reunião com lideranças do Solidariedade, o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, defendeu que os atos convocados para esta sexta-feira em todo o Brasil cumpriram o objetivo inicial. Para o deputado, a intenção não era organizar uma greve geral, mas sim mobilizar diversas categorias contra a reforma trabalhista. As afirmações foram feitas depois que ele foi questionado sobre os protestos com poucos participantes em várias cidades.
A aprovação no Senado e a possível votação da reforma trabalhista já em julho são vistas com ressalvas pelo sindicalista. Ele espera que a pressão popular reforce a resistência ao texto e a abertura ainda maior de um diálogo com o Governo Federal. A elaboração de uma Medida Provisória foi prometida e motivou um encontro recente entre representantes sindicais e o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Entre as pautas principais, uma alternativa ao imposto sindical, antes extinta na proposta.
Apesar de criticar a impopularidade do presidente Michel Temer, o deputado definiu como frágil a denúncia do Procurador Geral da União, Rodrigo Janot, contra o peemedebista e por isso não crê que ela passe na Câmara. Para isso, diz esperar novas acusações. Depois de apoiar o processo que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, do PT, do cargo de presidente, e de se posicionar contra as reformas de Temer, Paulinho da Força ainda afirma ser impossível prever qualquer tipo de cenário paras as eleições de 2018.