O Centro de Convivência Cultural, em Campinas, segue com sinais de degradação. E a situação, que se arrasta há anos, gera desconfiança entre os moradores da região do Cambuí. Como a incerteza sobre a reforma dos espaços é grande, quem utiliza, frequenta e conhece o local, prefere esperar que o projeto para a venda do potencial construtivo do imóvel saia do papel.
Na praça, que recebe feiras aos fins de semana, as pichações ainda são visíveis e existem relatos de consumo de drogas nas escadarias do teatro de arena e até de assaltos, mesmo com uma base da PM próxima. Recentemente, uma ocupação onde uma pessoa em situação de rua vivia virou motivo de preocupação. Para piorar, o teatro interno está interditado e segue sem receber atrações há anos.
Por todos esses motivos e devido à demora do Poder Público em apresentar uma solução, Thiago Andrade diz duvidar que a obra que permita a volta da utilização regular seja finalmente feita. Amanda Frazão traça um paralelo com a revitalização da Avenida Francisco Glicério, no centro, e também lembra o ano da primeira interdição do teatro, 2011, para demonstrar ceticismo:
Questionada, a Secretaria Municipal de Cultura afirmou que o documento que viabiliza a venda do potencial construtivo do imóvel sai em até 90 dias. Depois disso, crê que o leilão da área será validado. A busca pela iniciativa privada foi uma das saídas encontradas pelo Executivo, que ainda justifica através da Pasta que o projeto arquitetônico precisou ser aperfeiçoado, mas também deve sair em 90 dias.
Em nota, informou ainda que negocia com o governo de São Paulo para que os recursos destinados à construção do Teatro de Ópera sejam usados na reforma. A estimativa de custo é de R$ 40 milhões. Já a Secretaria de Segurança alega que, além das rondas da Guarda Municipal, uma viatura permanece fixa no Centro de Convivência das 19h às 2h da manhã, e reforça a presença da base da PM.
