Em visita a Jundiaí para participar da cerimônia de assinatura de um contrato de concessão de 5 aeroportos paulistas, o governador de SP, Geraldo Alckmin, comentou o afastamento de dois capitães da Polícia Militar que trabalhavam na Assessoria Militar do Ministério Público Estadual.
Os oficiais militares foram afastados porque teriam conhecimento de uma escuta de ambiente clandestina dentro da corregedoria da Polícia Civil. Eles teriam esse conhecimento desde abril, mas só informaram aos seus superiores dois meses depois.
Geraldo Alckmin minimizou a preocupação de que o caso intensifique a rivalidade entre as duas policias e a desconfiança entre seus integrantes. A escuta estava em uma sala da DOP – Divisão de Operações Policiais da Corregedoria – e permitia que o responsável pelo grampo ilegal ligasse para uma espécie de telefone celular instalado no local e, assim, escutasse tudo o que era conversado dentro da sala.
A DOP é responsável pelo planejamento e execução de operações que investigam a corrupção de policiais civis. O inquérito foi aberto por ordem do delegado Domingos Paulo Neto, diretor da Corregedoria. Foi uma promotora de Justiça, que passou a informação sobre o grampo aos capitães. Ela também deixou de assessorar o procurador-geral de Justiça, após a descoberta do caso.
Até agora, a Corregedoria não conseguiu descobrir quem e por que a escuta foi instalada.
