Creches de Campinas não têm mais o serviço de vigilantes. Isso coincide com o corte de vigias em espaços públicos da cidade como no Museu de Imagem e do Som, o MIS e o Museu do Café, que passaram a ter esses profissionais apenas no período da noite.
O motivo alegado pela prefeitura é redução de gastos.
Para quem tem que deixar os filhos nas unidades infantis, não ter vigilantes nos acessos preocupa. É o caso de Valber Araújo.
No lugar dos vigias, o que encontramos nas creches municipais foram os zeladores ou porteiros.
Conversando com funcionários, eles mesmos nos relataram a preocupação com a própria segurança já que chegam logo no início da manhã, quando está escuro e saem à noite das escolas infantis. Preocupação que Alex Rezende compartilha. O filho dele tem três anos e está na rede municipal de ensino.
Nós estivemos na Creche Dom Bosquinho, no centro de Campinas, na Creche Maria Antonina de Barros, no Jardim Santa Eudóxia e na Maria Beatriz Carvalho, no Jardim dos Oliveiras. Nessas duas últimas há identificação da prefeitura.
Nas três, não havia mais vigilantes. A administração municipal, em nota, disse que são unidades conveniadas e que não tem obrigação de disponibilizar vigias ou zeladores. Não citou os cortes de funcionários da segurança.