Após o início da paralisação de 48 horas definida por professores e funcionários da Universidade Metodista de Piracicaba, o gestor da associação que representa os docentes, Milton Schubert, fez diversas críticas à gestora da universidade. A principal reclamação dele é de que a série de medidas tomadas pela Rede Metodista fere a autonomia da instituição. Esse posicionamento é a principal reivindicação das duas categorias e motivou os protestos nas últimas semanas.
Na visão de Schubert, a centralização das decisões afetou o funcionamento de atividades internas e prejudicou os setores da universidade, como o financeiro e o acadêmico. Por esse motivo, fala, por exemplo, no constrangimento do reitor. Para piorar, ele ainda alega que a gestora da Unimep não enviou representante para uma reunião entre as partes, e contrariou um acordo feito durante uma conciliação junto ao Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior.
Com isso, uma assembleia foi convocada e teve a participação de cerca de 800 pessoas, entre alunos, professores e funcionários. A paralisação na universidade foi aprovada por quase todos os professores e o prazo de 48 horas foi definido. Nesse período, ficou definido que, caso não haja uma manifestação da Rede Metodista, a greve permanecerá por tempo indeterminado. Apesar de não participarem com votos diretos, os estudantes também já organizaram atos.
O Instituto Educacional Piracicabano, gestor da Unimep, se pronunciou e disse “manter-se aberto ao diálogo”. Além disso, afirmou que a adoção de um novo sistema informatizado visa substituir o antigo, que opera há mais de 25 anos. Já sobre a alegação de que houve redução na tomada de decisões da reitoria, ponto central das reclamações dos grevistas, defendeu na nota enviada a imprensa que “a autonomia da Unimep sempre será respeitada”.