Os incêndios em terrenos localizados às margens de rodovias são comuns nesta época do ano, caracterizada pelo tempo seco, baixa umidade relativa do ar e chuvas escassas. Além dos riscos para os motoristas que trafegam pelas pistas, a fumaça dessas queimadas são levadas pelo vento para áreas habitadas, prejudicando a população.
Em Campinas, por exemplo, houve um grande incêndio em uma área próxima ao Jockey Clube, na margem da rodovia Anhanguera e o resultado foi que os moradores dos bairros Parque Via Norte e Boa Vista tiveram que lidar com as consequências provocadas pelo fogo. Além da fumaça que se espalhou pelas áreas residenciais, as cinzas e fuligem também atingiram as casas.
Para o comerciante conhecido como Zezito, a situação é terrível para quem vive e trabalha nas áreas próximas as rodovias. Ele afirma que no caso do Parque Via Norte, os incêndios nas proximidades são constantes nessa época do ano. Abelardo Cassiano mora no Boa Vista e disse que até seus cachorros sofrem demais com a fumaça provocada pelas queimadas.
Segundo a concessionária Autoban, em 2017 foram contabilizadas 305 ocorrências nas margens das rodovias dos Bandeirantes, Anhanguera e Adalberto Panzan. Na rodovia Santos Dumont, foram 45 focos de incêndio entre janeiro e julho deste ano, como informou a concessionária Colinas. Já no corredor Dom Pedro, o número de queimadas registradas em junho de 2016 e em junho de 2017, cresceu 82%, passando 135 para 246 ocorrências. O coordenador de tráfego da Rota das Bandeiras, Murilo Perez, falou sobre os perigos que os incêndios provocam no tráfego, podendo ser responsáveis por acidentes e mortes.
A maioria dos incêndios nas margens de rodovias pode ser evitada. Para isso basta que motoristas deixem de atirar bitucas de cigarros e objetos como vidro pela janela dos veículos e que moradores da área rural não utilizem o fogo para eliminar o lixo.
