Com entrega prevista pela Prefeitura para novembro, a ciclovia da Avenida Theodureto de Almeida Camargo, em Campinas, é elogiada como opção de lazer. Os ciclistas, porém, afirmam que o projeto não prioriza a mobilidade. Para o engenheiro e membro da Comissão Cicloativista da cidade, Gualter de Oliveira, a construção de cerca de 1,6 km é útil principalmente para atletas e usuários que costumam andar de bicicleta ao redor da Lagoa do Taquaral.
A via, que já começou a ser construída, interliga a Lagoa a região da Avenida Brasil, mais precisamente entre as praças Octávio da Silva Leme e Vinte e Cinco de Abril. Apesar disso, a crítica de Gualter é sobre um problema antigo. Como exemplo, cita outras obras no município, como as ciclovias das avenidas Baden Powell, no Jardim Nova Europa, e Norte-Sul, na região do Cambuí.
Para ele, ambas focam o lazer, mas não servem como alternativa de transporte. A nova ciclovia da Theodureto, entre as regiões do Vila Nova e do Taquaral, foi custeada através de uma receita de quase R$ 399 mil obtida pela Emdec. O valor, porém, não envolve a sinalização de trânsito que será implantada.
Questionada sobre as críticas da falta de projetos de mobilidade urbana, a empresa responsável pelo trânsito de Campinas, enviou nota e afirmou que o “Plano Cicloviário em andamento prevê mais de 180 km de vias para bicicletas”. O comunicado informa que atualmente são 21 km e que a próxima intervenção será no distrito de Nova Aparecida. Na sequência, em Barão Geraldo, Campo Grande, Avenida Washington Luiz e um trecho complementar da Baden Powell. Por fim, alega que a cidade possui “um elevado nível de motorização – um veículo para cada 1,3 habitante em 2016 – e um sistema viário sobrecarregado” e que por isso planeja uma malha cicloviária integrada, segura e eficaz.
