A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta entre a prefeitura de Campinas e uma construtora permitiu a recuperação da mata nativa nas margens do córrego Serafim em Campinas. Foram plantadas seis mil mudas de árvores como jequitibás, pau-brasil e jatobás, além de outras frutíferas, como Cambuci, araçá e jenipapo, numa área de 51 mil metros quadrados, que fica no bairro Taquaral, entre as ruas Ary Barroso e Rosa Belotto.
Mas o trabalho não foi fácil, já que foi necessária a remoção de 40 mil árvores denominadas leucena, uma espécie invasora, que ocupa praticamente todo o espaço onde suas sementes alcançam e impedem o desenvolvimento de outras árvores na região. O diretor da fiscalização ambiental de Campinas, Marcos Roberto Boni, disse que a diferença de mudas plantadas, seis vezes menor do que o número de leucena cortadas é suficiente para garantir a recomposição da área. Segundo ele, em três anos todo o ecossistema do córrego Serafim estará reconstituído.
O projeto está orçado em R$ 800 mil e conta ainda com a construção de duas praças de 80 metros quadrados cada uma, com calçada para caminhada, academias ao ar livre, bancos e playgrounds. Quem trabalha próximo ao local, já percebeu a diferença no visual, já que as árvores leucenas foram cortadas e as mudas plantadas estão por toda a parte. Edílson Carlos Frazão trabalha em uma distribuidora em frente ao córrego Serafim e acredita que a recomposição da área, aliada a nova infraestrutura que foi prometida, será benéfica para quem frequenta a região.
A recuperação da mata nativa foi de responsabilidade de uma construtora, em contrapartida a aprovação dos projetos dos edifícios que foram erguidos ao lado do córrego Serafim.