Uma lei municipal de 2005 determina que o atendimento em agências bancárias de Campinas deve demorar no máximo 15 minutos em dias normais, 25 minutos antes e após feriados e meia-hora nos pagamentos de funcionários públicos. Mas o descumprimento é frequente. A situação, claro, é do conhecimento da população. Pelas ruas, muita gente diz escolher dias menos movimentados. Já quem costuma usar a internet, faz isso ao máximo pra evitar a dor de cabeça.
O problema é tão comum na cidade que quatro bancos estão no top 10 do ranking de reclamações do Procon Campinas: Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal e Santander. Neste último, com um exemplo recente em Barão Geraldo. O empresário Cláudio Malheiro esperou por 50 minutos em um estabelecimento que fica no distrito. Em plena tarde de uma segunda-feira, sofreu com a espera e com o atraso dos outros compromissos do dia. Para ele, a fiscalização é falha.
Mas o assessor do Procon municipal, Francisco Togni, diz que o cliente deve exigir o cumprimento do tempo máximo de espera. Para isso, basta usar a própria senha de atendimento da agência para comprovar o horário de chegada. Depois, ao chegar ao caixa, deve solicitar ao atendente uma comprovação da hora em que foi recebido. É através desse cruzamento de informações que o órgão pode receber a denúncia, cobrar e aplicar possíveis multas às empresas.
O funcionário do banco não pode negar o pedido do consumidor. A lei prevê advertência, multas que variam de R$ 665,00 a R$ 1.331,00 e até a suspensão do alvará de funcionamento quando a situação ocorrer pela quinta vez. De acordo com o assessor do Procon, com base nessas reclamações, 117 estabelecimentos foram notificados entre o ano passado e este ano. Deste total, 58 foram autuados justamente por essa infração de tempo excessivo de espera.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos respondeu que investe para melhorar o atendimento, mesmo com o crescimento das operações eletrônicas, e que trabalha para reduzir a espera dentro do programa de autorregulação.
