O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo atestou irregularidades em fiscalizações-surpresa realizadas em cidades das regiões de Campinas e Mogi Guaçu. Os índices foram apresentados em um fórum de debates promovido pelo TCE na Câmara de Campinas. O órgão analisou os gastos do poder público em áreas como saúde, educação e administração. O presidente do TCE paulista, Sidney Beraldo, afirma que os municípios têm procurado se adequar à realidade financeira com a queda de receitas.
Para o presidente da Câmara de Campinas, Rafa Zimbaldi, a fiscalização do TCE ajuda a organizar o orçamento dos agentes públicos municipais, como a Prefeitura e o próprio Legislativo, e corrigir alguns gastos das gestões.
Os números apresentados pelo TCE não individualizaram municípios e mostraram dados das regiões todas. Para o prefeito de Espírito Santo do Pinhal, Sérgio Bianchi Junior, a diminuição de repasses estaduais também é responsável pelos problemas apresentados na fiscalização, que levam tempo para serem corrigidos.
As fiscalizações do TCE em cerca de 60 cidades das regiões de Campinas e Mogi Guaçu apontaram falhas em um terço das escalas médicas em hospitais municipais, 24% de armazenamento irregular de merenda nas escolas mantidas pelas Prefeituras, 80% de órgãos públicos com algum veículo irregular ou sucateado e 24% dos almoxarifados em mau estado de conservação. A região fechou 2016 com as contas equilibradas, segundo a pesquisa. A arrecadação e os gastos públicos somados das cidades chegaram a quase R$ 18 bilhões, sem superávit ou déficit.
