Foram 202,5 mil novas cotas de consórcios em julho no País. O número representa um recorde e segue a tendência de aumento no ano. De janeiro a julho, as adesões passaram de 1,3 milhão, um avanço de 8,8% em relação ao mesmo período de 2016, com cerca de 1,1 milhão de unidades. O presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Vitor Bonvino, vê o momento do País como maior influência.
Para ele, muitos brasileiros reagiram à crise econômica dos últimos anos e passaram a se planejar e pensar mais sobre onde e como aplicar o dinheiro. Entre os maiores volumes, estão os veículos leves com 97,5 mil; imóveis com 27 mil; veículos pesados com 5,5 mil e eletroeletrônicos com 1,85 mil.
Representante de um consórcio, Daiane Senha, confirma o aumento nesses segmentos e lista as vantagens que os clientes costumam buscar nessa opção. Valdecy Manoel é um desses exemplos. Há 10 anos recorre ao consórcio como forma de trocar de veículo com frequência. Para isso, faz uso do próprio bem.
Outros índices comprovam a alta no consórcio. Os créditos comercializados somaram R$ 53,33 bilhões em sete meses, 25,3% acima do registrado em 2016. Já o tíquete médio de R$ 46,5 mil de julho, também foi o maior deste ano e ainda superou em 19,8% os R$ 38,8 mil do mesmo mês do ano passado. Os níveis de contemplações, por outro lado, tiveram retração.
Até julho, houve acúmulo de 707,5 mil, 7,4% inferior aos 764 mil anteriores. Neste caso, a explicação do presidente do Conselho da Abac, Vitor Bonvino, é de que as contemplações sempre serão inferiores quando a venda é grande. A entrada de novos consorciados teve alta de 91,3% em serviços, 29,1% em bens duráveis; 20,1% veículos leves; 10,5% em imóveis e 8,9% em veículos pesados.