A prefeitura de Campinas suspendeu o repasse para o hospital Celso Pierro, da PUC Campinas, que vai encerrar a unidade que atende pacientes com doenças raras. Quem procura a unidade de saúde para se tratar, recebeu um comunicado informando que os trabalhos estariam disponíveis até o final deste mês. A partir daí, o paciente foi orientado a procurar o Hospital Mário Gatti, mas não há nada definido ainda, já que não houve detalhamento de como o atendimento seria feito e se há médicos geneticistas no hospital da prefeitura. O receio é que o tratamento atrase e que a superlotação atrapalhe.
Um grupo de pacientes se reuniu nesta sexta-feira com a direção do hospital Celso Pierro, que garantiu o atendimento até quando os recursos permitirem. Eduardo Eugênio Borgiani sofre com a doença de Fabry, um distúrbio hereditário raro causado por uma deficiência no cromossomo X, que faz com que o corpo não produza a quantidade suficiente de uma enzima responsável pela remoção das substâncias gordurosas das células. Ele representou o grupo que se reuniu com a direção do hospital da PUC e disse que sem o aporte de R$ 11 milhões que deveriam ser pagos pela prefeitura, os pacientes vão ficar desassistidos.
A Secretaria de Saúde de Campinas informou que o local do atendimento dos pacientes com doenças raras está em fase de discussão. O município ressaltou que não haverá desassistência. Até que a transição seja feita, a Secretaria de Saúde vai garantir o acompanhamento das pessoas na PUC. Já a direção do Hospital Celso Pierro não vai se pronunciar sobre o problema.