A Sanasa assinou dois contratos de liberação de financiamento para obras de saneamento em Campinas, no valor de pouco mais de R$ 415 milhões. O recurso é proveniente do FGTS, por meio do Programa Saneamento para Todos, do Ministério das Cidades. O primeiro contrato, no valor de R$ 141 milhões, será destinado para o sistema de abastecimento de água. Esse conjunto de obras prevê a implantação de uma adutora de água bruta com extensão de 2,7 mil metros, além de seis subadutoras, 27 reservatórios com capacidade total de armazenamento de 65 milhões de litros de água e quatro estações elevatórias de água.
O segundo contrato, de R$ 273 milhões, será aplicado no sistema de esgotamento sanitário. A obra prevê a construção de pouco mais de 140 mil metros de redes coletoras, 30 mil metros de interceptores e coletores e 17 mil metros de linhas de recalque. Também serão construídas 21 estações elevatórias de esgoto bruto e ampliadas seis estações de tratamento de esgoto. O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, disse que a assinatura dos contratos é muito importante neste momento, onde os municípios dificilmente estão conseguindo verbas para investimentos em infraestrutura.
As obras são necessárias porque apesar de tratar grande parte do esgoto produzido, Campinas continua despejando toneladas de impurezas nos rios da cidade. Os dados sobre o município constam no Atlas Esgotos, divulgado pela Agência Nacional de Águas. O documento detalha a quantidade de esgoto que cada município é capaz de tratar e a quantidade que é despejada nos rios sem tratamento. O Atlas mostra que Campinas produz 57,3 mil toneladas por dia, sendo que 11.700 toneladas são descartadas nos rios sem tratamento. O presidente da Sanasa, Arly de Lara Romeu acredita que com as obras de saneamento, Campinas vai reduzir a quase zero o índice apontado pelo Atlas.
As obras vão beneficiar cerca de 800 mil habitantes e farão com que Campinas fique ainda mais próxima de atingir a universalização do saneamento, com 100% de coleta, afastamento e tratamento de esgoto e 100% de distribuição de água tratada. Os trabalhos têm começo imediato e devem ser concluídos em quatro anos, gerando cerca de 10 mil empregos na cidade.
