As reclamações sobre a demora no atendimento em agências bancárias são recorrentes em Campinas e a situação parece continuar fora do controle. Uma lei municipal de 2005 determina que a espera pelo atendimento demore, no máximo, 15 minutos em dias normais, 25 minutos antes e após feriados e meia-hora nos dias de pagamentos de funcionários públicos. Porém, é difícil encontrar agências que respeitem esses prazos determinados por lei.
Em Barão Geraldo, a maior parte dos clientes tem que ter muita paciência quando precisam executar um serviço bancário. Nesta segunda-feira, dia útil comum, a reportagem da CBN esteve em quatro agências bancárias do distrito, na hora do almoço. Foram visitadas as agências do Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú. Em cada uma delas, foi buscado o atendimento comum nos caixas e o tempo de espera foi cronometrado. Apenas o atendimento do Banco do Brasil estava dentro do prazo previsto por lei, já que a reportagem aguardou 13 minutos até ser chamada para o atendimento.
No banco Santander, a situação ruim para os clientes: o sistema da agência estava fora do ar e nenhum atendimento pôde ser realizado. Itaú e Bradesco, dois dos maiores bancos do país, não respeitaram, pelo menos nesta segunda-feira, o que determina a lei municipal de Campinas. No caso do Itaú, foram 29 minutos de espera. O Bradesco apresentou o pior desempenho de atendimento no dia em questão, uma vez que foi necessário esperar na fila por 33 minutos.
Os clientes das agências ficam revoltados com o modo com que são tratados dentro das agências bancárias de Barão Geraldo. Bruna da Cunha Santos esperou o atendimento por mais de meia hora no Bradesco e disse que a situação poderia ser resolvida se todos os caixas disponíveis na agência funcionassem. Renata Rodrigues entrou na agência do Bradesco, em Barão Geraldo, e saiu poucos minutos depois. Ela disse que desistiu de executar o serviço bancário depois que viu o tamanho da fila.
Em nota, o Bradesco informou que concentra esforços no sentido de atender todos os públicos dentro do prazo estabelecido pela lei. O objetivo é atender aos prazos legais, embora possam ocorrer pontualmente situações não usuais em função de eventuais concentrações de pessoas. A reportagem não conseguiu contato com o Itaú. O Procon informou, também em nota, que realiza fiscalizações nas agências mediante denúncias de clientes e também por meio de diligências de rotina, quando observa possíveis irregularidades que ferem o direito do consumidor.
