Dois dos cinco vereadores de Campinas que votaram contrários ou se ausentaram da votação que resultou na criação de 99 cargos comissionados no legislativo já se utilizaram do novo direito elevando seus gastos com pessoal.
O projeto de lei aprovado em 27 de setembro permitiu o aumento no número de funcionários por gabinete além de contar com 42 servidores aprovados no concurso de 2014. Com isso, os vereadores poderão contratar mais três comissionados cada.
A vereadora Mariana Conti (Psol) disse que, por enquanto, não definiu se vai contratar mais funcionários mas comentou que pediu a mudança da faixa salarial de dois servidores que já trabalham com ela. Dos atuais R$ 3.056,00 eles vão passar a receber R$ 8.010,00.
Já o vereador Luiz Cirilo (PSDB), não compareceu à sessão que resultou na aprovação dos 99 comissionados por motivos de saúde. De acordo com informações da presidência do Legislativo, o parlamentar já solicitou a contratação dos três servidores.
A assessoria do vereador, porém, informou que ele não poderia atender a reportagem, na tarde desta terça-feira, por motivos médicos.
Quanto aos demais vereadores, Campos Filho (DEM) se retirou na hora da votação, mas segue sem contratar. Ailton da Farmácia (PSD), na época da votação, não esteve presente porque passava por um procedimento cirúrgico mas, até agora, também não contratou. Tico Costa (PP) também não votou, mas renunciou ao mandato.
Em junho deste ano, por determinação da Justiça, 223 funcionários foram demitidos. Com o corte de dez comissionados por gabinete, o valor gasto com funcionários por vereador caiu de R$ 57 mil para R$ 21 mil por mês.
Mas cerca de três meses depois, os vereadores aprovaram o projeto em que cada um poderia admitir três novos funcionários.
