Policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Campinas estão investigando a origem de meia tonelada de maconha apreendida na madrugada desta segunda-feira, em Osasco, na Grande São Paulo. A droga estava junto com uma carga de presunto, que saiu de um dos frigoríficos da empresa JBS, em Dourados, no Mato Grosso do Sul. O que chamou a atenção dos policiais foi o lacre da empresa no baú do caminhão, o que poderia indicar que a maconha teria sido colocada no veículo, dentro da própria empresa.
Mas os policiais da Dise não descartam outras hipóteses, como a falsificação do equipamento de segurança. Nos últimos meses, a delegacia de Campinas tem obtido sucesso nas operações de combate ao tráfico de drogas. Em julho foram 100 quilos de maconha apreendidos. Em agosto, foram mais 300 quilos e no mês passado outros 100 quilos da droga foram retirados de circulação. Em quase todos os casos, o entorpecente chega à região vindo dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por causa da proximidade com o Paraguai. A polícia passou a monitorar os caminhões que saem daquela região e identificam seu posicionamento com o auxílio dos chamados radares inteligente.
Nesta última apreensão, o caminhão desviou o caminho para a grande São Paulo e por isso foi interceptado pelos policiais. O motorista e um outro suspeito, que escoltava a carga em um automóvel, foram presos. De acordo com o delegado da Dise em Campinas, Filipe Rodrigues de Carvalho, nenhuma linha de investigação será descartada neste momento. Mas de qualquer forma, ele confessa que o fato do lacre da JBS não apresentar nenhum indício de violação causou estranheza entre os policiais. O delegado Maurício Lucenti Geremonte, disse que a JBS pode ser investigada, caso a polícia identifique que o carregamento da droga foi feito dentro da própria empresa.
A assessoria do grupo JBS informou que o transportador não é colaborador da companhia e que tomou somente agora conhecimento dos fatos. A empresa esclarece ainda que se colocou à inteira disposição para colaborar com as investigações das autoridades competentes para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis.